O que é o amor e o que é que significa? Uma viagem de
descoberta pelo abstrato da mente, um sonho que passa do filtro do irreal, uma
gota de água expandido pelo mar da imaginação. Uma força? Uma tempestade? Ou
uma brisa suave, um vapor esquecido do vento? Uma energia frenética a correr na
artéria aorta, um devaneio mental que se transforma no bater pulsante e sincronizado
do coração. Pum… Pum… Pum…
O que é o amor? O que
é que significa? Um jardim de rosas preparado pelos deuses do Olimpo ou pelos
anjos celestiais. Uma cidade edificada por duas pessoas, com enormes edifícios,
arranha-céus, com muralhas de mármore, quartzo e outras pedras preciosas.
Inquebrável, inabalável. Um sorriso que já saiu e que permanece.
Maior que isso. Um
globo, um universo em expansão, em chamas, o cosmos a arder nos meus olhos,
diretamente para o coração.
É isto o amor? Ou é
algo indecifrável? Um hieróglifo egípcio, uma equação impossível. Uma incógnita
por descobrir parada na reta de números reais. A força do infinito concentrada
no toque, no abraço de duas pessoas. Uma comunhão de sensações, sentimentos.
Sentidos em êxtase que não se preocupam com o porquê nem com mais requisitos.
Uma fração do
relógio, o tempo indefinido. O vácuo, o inimaginável. A indefinição, a
indeterminação mais conhecida por todos nós.
Se é o vácuo, como
sabemos o que sentimentos? Se é o desconhecido, como saber dizer ‘’Amo-te’’?
Amor. Noites calmas,
estreladas e de lua cheia. Madrugadas frias, frenéticas. Tarde quente, azul do
céu. Amor. Um mergulho no abismo, o decifrar o indecifrável. Uma definição de
tesouro, trancada a sete chaves nos confins da terra. Uma definição aproximada
por metáforas, tal como todo este texto. Palavras. Simples. Conceitos pouco
concretos, termos ainda mais abstratos. Andar à deriva. Saber o caminho a
seguir ou navegar por entre o nevoeiro.
O que é o amor e o
que é que significa? Uma estrela de neutrões, um colapso astronómico. Dois
mundos que colidiram e partilham as suas atmosferas pacificamente. Uma união
entre duas estrelas, dois átomos.
É isto o amor?
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